Faltam 500 dias para a bola rolar

Postado por Hugo Cavalcanti sexta-feira, 1 de junho de 2012


Quando falamos agora, no início de 2012, sobre a Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014, a impressão é de que ainda falta um tempo considerável até que 32 seleções cheguem ao país para disputar o troféu mais cobiçado do futebol. Mas, para viver uma boa parte desse clima de perto e ver a bola rolar num evento oficial do ciclo que leva até a Copa, os brasileiros precisam esperar menos de um ano e meio para a Copa das Confederações da FIFA.

No dia 15 de junho de 2013, o Estádio Nacional de Brasília receberá a partida inaugural do “Festival de Campeões”. Os vencedores dos títulos continentais de cada uma das seis confederações, a atual campeã mundial Espanha e o Brasil, como país-sede, se enfrentarão até a grande decisão do dia 30 de junho, no Maracanã. A competição ainda terá como sedes Belo Horizonte e Fortaleza. Recife e Salvador continuam sujeitas à aprovação final da FIFA e do Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo da FIFA. O anúncio final da tabela de jogos do torneio e das sedes finais será em junho.

“Para nós do Comitê Organizador Local, a Copa das Confederações da FIFA é muito mais do que um torneio preparatório para a Copa do Mundo da FIFA”, anima-se o ídolo Ronaldo Nazário de Lima, membro do Conselho de Administração do COL. “Estamos empenhados em preparar uma grande festa no ano que vem, um verdadeiro festival de campeões.”

Só entra campeão
Alguns desses campeões a que se refere Ronaldo – que venceu o torneio, na edição de 1997, na Arábia Saudita – já estão definidos. Além de Brasil e Espanha, três países conquistaram os títulos de suas confederações em 2011 e já garantiram vaga: o México, campeão da Copa Ouro da CONCACAF; o Japão, que venceu a Copa Asiática de Seleções e o Uruguai, vencedor da Copa América. Os demais participantes serão os campeões da Copa Africana de Nações de 2013, da Copa das Nações da Oceania de 2012 e da UEFA Euro 2012. As oito equipes serão divididas em dois grupos durante o Sorteio Final, que será realizado em São Paulo no dia 1º de dezembro.

“Acho que teremos aqui no Brasil o grupo de seleções mais forte desde a criação do torneio”, opinaRonaldo. “Será uma grande oportunidade para os torcedores brasileiros assistirem a um futebol de alto nível nos novos estádios e mostrarem ao mundo um pouco da nossa hospitalidade.”


Cada vez maior
Desde sua criação em 1992 – então, como a Copa do Rei Fahd, disputada na Arábia Saudita –, a Copa das Confederações da FIFA foi um sucesso de popularidade entre os torcedores e se mostrou mais uma valiosa ocasião para que grandes seleções se reunissem num torneio oficial. Desde a edição da Alemanha, em 2005, a competição se consolidou como um evento quadrienal, realizado no país-sede da Copa do Mundo da FIFA, um ano antes da mesma. O conceito deu tão certo que os 16 jogos da edição da África do Sul 2009 foram transmitidos ao vivo para 149 territórios, com uma audiência de 550 milhões de pessoas.
A Copa das Confederações da FIFA ainda merece um carinho especial por parte do público brasileiro por causa dos grandes resultados da Seleção Brasileira, que conquistou três das oito edições, inclusive as duas últimas. “Trata-se de uma competição importantíssima, uma prévia da Copa do Mundo da FIFA”, diz Ronaldinho Gaúcho, campeão da edição de 2005, ano em que foi eleito Jogador do Ano da FIFA pela segunda vez. “E esta próxima edição terá um gosto especial por ser no Brasil. Estou muito motivado por isso e espero disputar essa competição em 2013”, completou o atual camisa 10 do Flamengo.

Para celebrar essa contagem regressiva, a Copa das Confederações da FIFA já tem uma cara: o emblema oficial estampando um sabiá-laranjeira, uma das aves nativas brasileiras. Com isso tudo, já nem dá para achar que falta muito. Pouco depois do Sorteio Final, os ingressos começarão a ser vendidos e, dentro de exatos 500 dias, chega enfim uma hora que tanto se espera desde quando o país foi anunciado como sede, em 2007: a de ver os melhores do mundo jogando em solo brasileiro.



A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou em seu site oficial uma redistribuição de vagas na Copa do Brasil. Antes composta por 54 equipes oriundas de torneios estaduais, a competição nacional passará a ter 70 vagas deste tipo em 2013. Mais dez times virão do ranking nacional de clubes e seis da Libertadores, formando um total de 86, distribuídos em sete fases. Contudo, o Piauí mais uma vez fica de fora e permanece com apenas duas vagas no competição.

Caso o país só tenha cinco vagas no torneio continental, o primeiro colocado do ranking nacional de clubes será convidado para completar as oitavas de final (16 times). Ou seja, um torneio mata-mata será diputado entre 80 equipes e dez estarão classificadas para as oitavas, somando os seis - ou cinco mais o líder do ranking nacional - da Libertadores.
Outra mudança confirmada pela CBF ainda em 2011 é em relação ao processo de classificação para a Copa Sul-Americana. A fase eliminatória brasileira deixará de existir. O Brasil enviará quatro representantes para a competição, e a escolha deles não será mais apenas pela classificação do Campeonato Brasileiro. Serão indicados os clubes que deixarem a Copa do Brasil antes do início da Sul-Americana, de acordo com a classificação do Brasileiro do ano anterior. Os mais bem colocados no Brasileirão 2012 que deixarem precocemente a Copa do Brasil de 2013 terão a chance de entrar na competição da Conmebol.

VEJA A LISTA DE VAGAS
Rio de Janeiro - Mais duas vagas (cinco vagas no total)
São Paulo - Mais duas vagas (cinco vagas)
Rio Grande do Sul -  Mais uma vaga (quatro vagas)
Minas Gerais -  Mais uma vaga (quatro vagas)
Paraná - Mais uma vaga (quatro vagas)
Pernambuco -  Mais uma vaga (três vagas)
Bahia -  Mais uma vaga (três vagas)
Goiás - Mais uma vaga (três vagas)
Santa Catarina -  Mais uma vaga (três vagas)
Ceará - Mais uma vaga (três vagas)
Pará -  Mais uma vaga (três vagas)
Rio Grande do Norte
 - Mais uma vaga (três vagas)
Alagoas - Mais uma vaga (três vagas)
Distrito Federal - Mais uma vaga (três vagas)
Espírito Santo -
Nenhuma (duas vagas)
Paraíba Nenhuma (duas vagas)
Maranhão - Nenhuma (duas vagas)
Amazonas 
Nenhuma (duas vagas)
Mato Grosso do Sul - Nenhuma (duas vagas)
Sergipe 
Nenhuma - (duas vagas)
Piauí Nenhuma - (duas vagas)
Mato Grosso -
Nenhuma (duas vagas)
Acre - Nenhuma (uma vagas)
Tocantins -  Nenhuma (uma vaga)
Rondônia Nenhuma (uma vaga)
Amapá - Nenhuma (uma vaga)
Roraima - Nenhuma (uma vaga)

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